"Os Boletins e Revistas Municipais têm que mudar de escala, assumindo o relevante papel nacional que desempenham". Esta foi uma das principais conclusões do colóquio sobre os "Novos Caminhos da História Local e Regional", que decorreu no fim-de-semana, no Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão. Um dos caminhos a percorrer será a realização de uma Feira Nacional das Publicações Periódicas e do Livro Municipal, editados pelas autarquias.
É tempo da Associação Nacional de Municípios Portugueses e, em geral do associativismo autárquico tomar em mãos esta realidade, com uma dimensão cultural inigualável, que ultrapassa os seus territórios e alcança o todo nacional, entrando mesmo nos meios universitários.
Os participantes do colóquio concluíram ainda que as Revistas Culturais devem socorrer-se da internet, disponibilizando os seus conteúdos em plataformas digitais. Desta forma, combatem o isolamento e a fraca projecção que têm neste momento. "Os Boletins e Revistas Culturais não vão morrer. Necessitam, sim de se adaptar". Este foi o sentimento dominante dos participantes, acreditando que estas publicações municipais têm pela frente um futuro com maior protagonismo no desenvolvimento historiográfico Português. Elas têm que se adaptar à concorrência da Internet e às regras de avaliação a que foram recentemente sujeitas as revistas Universitárias. Para manter a colaboração dos académicos terão que submeter-se ao juízo de avaliadores externos.
in: Jornal da Trofa