Os carteiros concentraram-se junto ao
centro de distribuição e deslocaram-se depois para os Paços do Concelho
reivindicando melhores condições de trabalho. Querem que sejam
asseguradas as substituições quando há trabalhadores de férias ou
doentes.
Segundo Paulo Silva, do
Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações
(SNTCT), o facto de a empresa não fazer substituições ou optar por fazer
contratações temporárias por menos horas do que as necessárias provoca
atrasos na entrega da correspondência.
"Leva
também que os carteiros trabalhem 10 a 12 horas por dia, sem serem
remunerados pelo trabalho suplementar", acrescenta o sindicalista.
"Ninguém
me obriga a trabalhar mas há cartas para entregar, e as pessoas não têm
culpa, e estão à espera dos vales de pensões, das cartas dos tribunais,
de marcação de consultas", diz José Carvalho, carteiro há cerca de 13
anos. Conta ainda que andam muitas vezes a "tapar buracos" e por isso a
entrega de correspondência vai atrasando.